“Avibras, o Caldeirão da Discórdia: Trabalhadores em Greve, Sindicato na Briga e Deputados no Embate”
A Assembleia Legislativa de São Paulo se transformou em um ringue nesta sexta-feira (12). O motivo? A situação dos trabalhadores da Avibras, empresa aeroespacial, que estão de greve há cerca de oito meses. É, meu caro, o caldo engrossou.
Weller Gonçalves, presidente do Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região, Ana Paula Santana, do ILAESE, Luiz Carlos Prates, do CSP Conlutas, Robinson Farinazzo, do canal de Youtube Arte da Guerra, Altino de Melo Prazeres Junior, político do PSTU, e o deputado Guilherme Cortez (PSOL), que convocou o evento, estavam na linha de frente.
Cortez, o deputado da voz ativa, reforçou seu compromisso com a luta dos funcionários e com a manutenção da Avibras no país e sob controle dos brasileiros. “Enquanto a gente precisar de indústrias bélicas, é um absurdo que uma produção estratégica como a da Avibras possa sair do controle nacional e ser vendida a estrangeiros. Isso é um atentado à soberania do país”, mandou o recado o parlamentar, solidário à situação dos trabalhadores.
14 Meses de Luta
O Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos e Região conta que os trabalhadores da Avibras estão mobilizados e em negociações com a empresa há 14 meses. Em março de 2022, a Avibras demitiu cerca de 420 funcionários em um momento de “reestruturação organizacional”, mas depois de um mês, reintegrou todos eles.
Agora, o problema é o atraso dos salários, que já está entrando no oitavo mês, segundo Weller Gonçalves. “Estamos em um movimento constante de luta, porque acreditamos que só chamando atenção é que podemos ter alguma vitória”, disse o presidente do sindicato.
O pedido é para que a Avibras não seja fechada, nem vendida a grupos estrangeiros, que os empregos dos atuais funcionários sejam mantidos e que a empresa seja estatizada.
A Avibras, com mais de 60 anos de história, constrói aeronaves, desenvolve e fabrica veículos espaciais para fins civis e militares, além de mísseis e foguetes balísticos. Atualmente, emprega cerca de 1.400 pessoas.
E a gente aqui só quer saber: E aí, Avibras, vai pagar o que deve ou vai deixar o circo pegar fogo?