Bento Carneiro e o Projeto de Lei Precipitado na Vila dos Navegantes
Humor político – qualquer semelhança com a realidade é mera coincidência
No século XVII, na pacata Vila dos Navegantes, o vereador Bento Carneiro, conhecido por suas ideias inusitadas, teve a ideia de propor um édito que obrigasse a presença de guardas armados em todas as escolas locais. Sem consultar a comunidade escolar, a população e o conselho da vila, Bento apresentou o édito no Conselho dos Navegantes, gerando debates e divisões na vila.
Entretanto, o alcaide e o mestre-escola já vinham trabalhando na segurança escolar. As medidas implementadas incluíam rondas escolares realizadas pelos soldados da guarda local e a construção de moradias para zeladores nas unidades de ensino. Além disso, eles haviam planejado a entrega de uniformes aos alunos e a implementação de ações específicas, como a criação de um sistema de alarme nas escolas que seria acionado em casos de emergência, diretamente à guarda local e ao centro de comando da vila.
Outras medidas planejadas envolviam a criação de um grupo específico de mensageiros da Patrulha Escolar, que comunicaria ocorrências e suspeitas às forças de segurança em tempo real. A longo prazo, o conselho da vila também pretendia contratar guardas especializados para as portarias escolares e instalar postos de vigia em cada unidade de ensino, em parceria com o centro de comando, para monitoramento diário.
Diante das informações sobre as medidas de segurança já implementadas e planejadas pelo alcaide e o mestre-escola, o édito de Bento Carneiro foi rejeitado pelo Conselho dos Navegantes. Bento, desapontado, pareceu não ter compreendido a importância do diálogo, da participação popular e da democracia na construção de soluções efetivas e sustentáveis para os problemas enfrentados pela vila.
Ao final, Bento Carneiro, ainda tentando manter seu “bom humor”, exclamou em voz alta;
- “Cruzes, credo! Mas o que é isso, companheiro? Onde foi que eu errei? Vampiro que é vampiro tem que ouvir o povo!”.