Sexta-feira, Junho 6, 2025
Manchete

Manoel Aurino é condenado a mais de 24 anos por matar e concretar o corpo da companheira em Taubaté

Foi selada com uma sentença de 24 anos e 4 meses de prisão a história de horror que chocou Taubaté em abril de 2024. O réu, Manoel Aurino Chaves dos Santos, foi condenado por homicídio triplamente qualificado e ocultação de cadáver, após assassinar a companheira, Natália Aline da Silva, enterrá-la e concretar o corpo no quintal da própria casa no bairro São Luís.

A decisão foi anunciada no fim da tarde desta terça-feira (3), após um júri popular realizado no Fórum de Taubaté. Durante o julgamento, que começou às 9h30, foram ouvidos o pai da vítima, dois policiais civis e o próprio réu. Ao final dos debates entre acusação e defesa, os jurados decidiram pela culpa de Manoel, que foi sentenciado a 23 anos de reclusão em regime fechado pelo feminicídio e mais 1 ano e 4 meses pela ocultação do corpo.

Natália tinha 31 anos, era mãe de três filhos e estava desaparecida há cerca de cinco dias quando seu corpo foi localizado, no dia 25 de abril. A descoberta só aconteceu graças a uma denúncia anônima feita ao Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC), que levou os agentes até a residência do acusado, na rua Padre Fischer.

No local, Manoel confessou o crime e indicou o ponto exato onde havia enterrado a vítima. O corpo, segundo a perícia, estava no solo havia cerca de três dias e havia sido encoberto com concreto. O resgate foi feito com o auxílio do Corpo de Bombeiros.

A brutalidade do crime e a tentativa de esconder o corpo deixaram familiares e vizinhos em estado de choque. O pai de Natália contou que, dias antes do desaparecimento, Manoel esteve em sua casa perguntando pela filha — atitude que hoje ele acredita ter sido uma forma de disfarçar o assassinato já cometido. Ele relatou ainda que a filha conheceu o homem pela internet e que a família chegou a recebê-lo para um almoço, jamais imaginando o desfecho trágico que viria.

Agora, com a condenação formal, o caso se encerra nos tribunais, mas deixa marcas profundas em três crianças órfãs e em uma família destruída pela violência.

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