Quarta-feira, Maio 14, 2025
Manchete

“Quero Justiça”: dois meses após a morte de Bryan, mãe ainda busca respostas e desabafa sobre a dor da perda

Dois meses se passaram desde que o pequeno Bryan Schroll, de apenas 9 anos, perdeu a vida após passar mal na Escola Municipal José Sant’Anna de Souza, na Chácara Flórida, em Taubaté. Mas, para a mãe, Juliana Ceconi, de 33 anos, o tempo não aliviou a dor. Pelo contrário — a cada dia que passa sem explicações concretas, cresce a angústia de uma mãe que luta por justiça e por dignidade à memória do filho.

“Meu filho estava agonizando de dor e ninguém fez nada. Isso me destrói por dentro”, disse Juliana, entre lágrimas. Ela assistiu aos vídeos das câmeras de segurança da escola e afirma que o sofrimento de Bryan foi ignorado. “A escola não olhou por ele, não cuidou. E agora? Agora só me resta gritar por justiça.”

O laudo do exame toxicológico, divulgado na última sexta-feira (10), confirmou a presença de três substâncias no organismo da criança: midazolam, cetamina e norsetamina — anestésicos e sedativos usados em ambiente hospitalar. De acordo com o Instituto Médico Legal, os medicamentos foram aplicados no hospital, após o garoto ser socorrido. O laudo também descarta qualquer vestígio de álcool, drogas ilícitas ou venenos, afastando suspeitas de envenenamento.

Mas, para a família, esse documento está longe de ser um ponto final. “O laudo não explica por que meu filho morreu. Ele mostra o que foi feito no hospital, mas não diz o que aconteceu dentro da escola, nem por que demoraram para socorrê-lo. Está tudo muito nebuloso ainda”, desabafa a mãe, cobrando por exames complementares e uma investigação mais profunda.

Juliana, acompanhada de familiares e amigos, acompanha cada detalhe do inquérito com o coração dilacerado e os olhos fixos em um só objetivo: a verdade. “O que me dói é a desatenção. Foi isso que matou o meu filho. E eu não vou descansar enquanto não houver responsabilização. Porque o que fizeram com o Bryan não pode acontecer com mais ninguém.”

A Polícia Civil segue investigando o caso. Mas, enquanto os autos não trazem conclusões definitivas, o grito da mãe ecoa: “Justiça por Bryan.” Uma criança que sonhava, brincava e que, aos 9 anos, teve sua história interrompida de forma cruel — deixando para trás a dor de uma família, a revolta de uma cidade e a cobrança de um país que clama por respostas.

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