Cruzeiro soma 3 mortes e Vale do Paraíba tem início de ano mais letal no trânsito desde 2015

Com três vítimas fatais apenas no primeiro trimestre, Cruzeiro aparece entre as 20 cidades do Vale do Paraíba que registraram mortes no trânsito em 2025. O total de óbitos na região entre janeiro e março chegou a 103 — o maior número para o período desde o início da série histórica do Infosiga (Sistema de Informações Gerenciais de Acidentes de Trânsito do Estado de São Paulo), iniciada em 2015.

O crescimento é alarmante. Em comparação ao mesmo período de 2024, quando foram registradas 82 mortes, o aumento foi de 25,61%. Se comparado com 2023, que teve 75 vítimas fatais, o salto chega a 37%.

Até então, o início de ano mais violento havia sido o de 2015, com 101 mortes no trânsito. Desde então, nenhum outro trimestre inicial havia ultrapassado a barreira dos 100 óbitos. Os anos seguintes mais próximos foram 2016 (94 mortes) e 2018 (85).

Todos os meses de 2025 registraram crescimento em relação a 2024:

• Janeiro: 37 mortes (contra 31)
• Fevereiro: 29 (contra 19)
• Março: 37 (contra 32)

O aumento das mortes no primeiro trimestre já é tendência desde 2024, quando houve alta de 9% em relação a 2023. Agora, o crescimento se intensifica, chegando a 25,61%.

O levantamento também mostra que os motociclistas seguem sendo as principais vítimas da violência no trânsito na região: foram 38 mortes (37% do total). Os acidentes com automóveis somam 28 óbitos (27%), seguidos por ciclistas (20, ou 19%) e pedestres (11, ou 10,68%). O Infosiga ainda contabiliza três vítimas fatais em caminhões, uma em ônibus e duas em veículos não identificados.

Veja o número de mortes por cidade no Vale do Paraíba no 1º trimestre de 2025:

• São José dos Campos: 20 mortes
• Pindamonhangaba: 13
• Taubaté: 12
• Caraguatatuba: 10
• Jacareí: 8
• Ubatuba: 8
• Lorena: 5
• São Sebastião: 5
• Caçapava: 4
• Cruzeiro: 3
• Guaratinguetá: 3
• São Bento do Sapucaí: 2
• Aparecida: 2
• Campos do Jordão: 2
• Canas: 1
• Lagoinha: 1
• Monteiro Lobato: 1
• Cachoeira Paulista: 1
• São Luiz do Paraitinga: 1
• Ilhabela: 1

Mesmo cidades com menores números, como Cruzeiro, Canas e Cachoeira Paulista, não estão imunes à tragédia nas estradas. A presença na estatística já é um sinal de alerta para o poder público e para os motoristas. É preciso agir com urgência para conter essa escalada de mortes.

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