Segunda-feira, Fevereiro 24, 2025
Plantão Policial

Morte do pequeno Yuri, de 2 anos, em Taubaté choca a região e gera revolta

O luto da família do pequeno Yuri, de apenas 2 anos, dá lugar à indignação e aos questionamentos sobre as circunstâncias de sua morte. O caso, que está sendo investigado pela Polícia Civil de Taubaté, deixou a cidade perplexa. As autoridades trabalham para esclarecer o que realmente aconteceu no dia em que o menino deu entrada no hospital com parada cardiorrespiratória e sinais de agressões pelo corpo.

A mãe da criança tem usado as redes sociais para expressar sua dor e revolta. Na noite desta terça-feira (18), cinco dias após a perda do filho, ela fez um desabafo contundente, chamando de “monstros” o padrasto e a babá, pessoas que estavam com Yuri no momento do ocorrido. Segundo ela, uma foto do filho sem vida foi enviada a terceiros antes mesmo de qualquer tentativa de socorro.

“Se estavam mesmo preocupados em ajudar o meu filho, como disseram, por que não saíram pedindo ajuda? Por que tiraram foto do meu filho sem vida e mandaram para alguém que mandou para outra pessoa, até essa foto chegar até mim? Meu Deus, que crueldade”, escreveu a mãe nas redes sociais.

O caso

Yuri foi levado pelo Samu (Serviço de Atendimento Móvel de Urgência) ao Hospital Regional do Vale do Paraíba, em Taubaté, mas já chegou à unidade em parada cardiorrespiratória, com um quadro de traumatismo craniano. O óbito foi confirmado no hospital.

A equipe médica que prestou atendimento ao menino relatou que o corpo da criança apresentava várias lesões em diferentes estágios de cicatrização, indicando possíveis agressões anteriores. Diante disso, os médicos acionaram a Polícia Civil, que iniciou as investigações no hospital e na residência da família.

Segundo a mãe, Yuri estava sob os cuidados de uma babá, que morava no mesmo terreno, no momento da ocorrência. O padrasto, namorado da mãe, também estava no local e prestou depoimento à polícia.

A mãe de Yuri culpa o ex-companheiro pela morte do filho e afirma ter rompido o relacionamento após o ocorrido. “Ele me mandou diversas mensagens querendo que eu o defendesse, mas como defender uma pessoa dessa?”, desabafou.

Em seu depoimento, o padrasto, de 21 anos, alegou que saiu por um instante para atender um amigo e, ao retornar, encontrou Yuri vomitando e ensanguentado. Ele afirmou que tentou socorrer a criança, mas não soube explicar as lesões encontradas pelos médicos.

O homem admitiu que gritava com Yuri com frequência e que a mãe teria lhe dado liberdade para repreender o menino. No entanto, negou qualquer agressão e disse que as marcas no corpo da criança seriam resultado de brincadeiras.

Até o momento, ninguém foi preso ou formalmente indiciado. A Polícia Civil segue investigando o caso como morte suspeita e acidental e aguarda os laudos do Instituto Médico Legal (IML) para determinar a real causa da morte de Yuri.

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