Quinta-feira, Novembro 21, 2024
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Prefeito de São José do Barreiro Indiciado pela PF por Uso Indevido de Recursos Públicos Durante o Carnaval

Em um caso que chamou a atenção para o uso de recursos públicos por autoridades municipais, a Polícia Federal indiciou Alexandre de Siqueira Braga, o prefeito de São José do Barreiro, conhecido como Lê Braga (PSD), por peculato. A acusação se deve ao uso de uma van da secretaria de saúde e um carro oficial para viagens de lazer durante o carnaval na Bahia, evidenciando uma preocupação crescente com a conduta ética no serviço público.

Lê Braga foi preso em flagrante pela Polícia Federal enquanto retornava de sua viagem, na Dutra, indicando um uso impróprio de veículos financiados por dinheiro federal para fins pessoais. A prisão ocorreu no dia 18 de fevereiro, mas após uma audiência de custódia, ele foi liberado sob a condição de liberdade provisória concedida pelo desembargador federal Maurício Kato, do Tribunal Regional Federal da 3ª Região. Kato justificou sua decisão argumentando que a prisão se mostrava excessiva e não havia risco de reiteração criminosa ou fuga por parte de Braga.

Este episódio levou a cidade de São José do Barreiro, com menos de 4 mil habitantes, a ficar sem seu prefeito por mais de uma semana, uma situação agravada pelo afastamento prévio do vice-prefeito, Marcelo da Kombi, também alvo de investigações pela PF. A ausência de liderança executiva na cidade destacou os desafios enfrentados por pequenas municipalidades no que diz respeito à governança e integridade administrativa.

Segundo investigações da PF, o prejuízo ao patrimônio público foi estimado em aproximadamente R$ 2,2 mil, levando em conta o uso dos veículos públicos e do servidor público, isto é, o motorista que ficou à disposição do prefeito e dos demais passageiros durante a viagem. A viagem, conforme confirmado pelas investigações, teve propósitos de entretenimento e não estava relacionada a nenhum compromisso oficial.

O Ministério Público Federal recebeu a denúncia contra Braga no dia 30 de março, com todos os envolvidos na viagem sendo intimados a responder às acusações. A conduta de Braga agora será analisada pelo MPF, que poderá denunciá-lo à Justiça. Caso seja condenado, as penalidades para o crime de peculato variam de 2 a 12 anos de prisão, além de multa.

O prefeito Lê Braga optou por não se manifestar sobre o indiciamento até o momento, alegando que ainda não foi notificado formalmente sobre a acusação. Enquanto isso, a comunidade de São José do Barreiro aguarda o desenrolar deste caso, que ressalta a importância da transparência e da responsabilidade no uso de recursos públicos por parte de autoridades eleitas.

Fotos Reprodução

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