Domingo, Junho 15, 2025
Manchete

Perícia confirma: Yuri morreu vítima de traumatismo e múltiplas lesões; padrasto está preso

A brutal morte do pequeno Yuri, de apenas 2 anos, chocou Taubaté e toda a região do Vale do Paraíba. O laudo pericial confirmou que a criança foi vítima de traumatismo craniano e múltiplas lesões pelo corpo, muitas delas compatíveis com práticas de tortura.

O caso aconteceu em fevereiro deste ano, quando o menino deu entrada no Hospital Regional do Vale do Paraíba em estado gravíssimo, já em parada cardiorrespiratória. Durante o atendimento, os médicos constataram hematomas e ferimentos em diferentes partes do corpo, alguns deles antigos, indicando que o menino vinha sofrendo agressões há dias.

Na época, o padrasto, que estava com a criança no momento dos fatos, alegou se tratar de um acidente doméstico. Segundo seu depoimento, ele teria saído para atender um amigo que o chamava na rua e, ao retornar, encontrou Yuri passando mal, vomitando. Ele então teria levado a criança para o banho, saído rapidamente para pegar uma toalha e, ao voltar, disse ter encontrado o menino com ferimentos na boca e sangrando pelo nariz. Em seguida, acionou o Samu.

A versão não convenceu os policiais do setor de Homicídios da Deic (Delegacia Especializada de Investigações Criminais) de Taubaté, que passaram a apurar o caso com mais profundidade. A partir de contradições nos depoimentos e de diligências em campo, os investigadores começaram a desconfiar que a história do padrasto não condizia com a realidade dos fatos.

O corpo do menino foi encaminhado ao Instituto Médico Legal (IML) para exame necroscópico. O laudo foi conclusivo: Yuri morreu em decorrência de traumatismo craniano associado a múltiplas lesões pelo corpo, além de apresentar claros sinais de tortura.

Diante das evidências, a Polícia Civil solicitou uma reprodução simulada dos fatos, que deixou ainda mais evidente que a versão apresentada pelo padrasto era mentirosa. Na casa onde a criança vivia, os policiais ainda encontraram e apreenderam roupas infantis manchadas de sangue, reforçando a linha investigativa de que não se tratava de um acidente.

Com todos os elementos reunidos, a Polícia representou pela prisão do padrasto, que foi deferida pela Justiça. No entanto, ele fugiu e ficou foragido por semanas, até ser localizado no bairro Araretama, em Pindamonhangaba, onde acabou preso em flagrante por tráfico de drogas.

Além da acusação por tráfico, o homem também teve o mandado de prisão cumprido pela morte de Yuri. Agora, ele permanece encarcerado e deve responder pelo crime de homicídio qualificado, com agravantes de tortura e impossibilidade de defesa da vítima.

O caso segue gerando comoção na cidade, que exige justiça pela vida de uma criança que sequer teve a chance de crescer.

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