Domingo, Junho 15, 2025
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INVASOR TENTA ROUBAR CASA DE POLICIAL E ACABA MORTO EM CARAGUATATUBA

A ousadia de um criminoso terminou em tragédia na noite de ontem (13), no bairro Aruan, em Caraguatatuba. Um homem de 24 anos foi morto após invadir justamente a residência de um policial militar. O que parecia mais uma tentativa de furto acabou se transformando em cena de confronto, gritaria e tiros.

De acordo com o boletim de ocorrência, o policial estava em casa, acompanhado dos dois filhos, quando percebeu barulhos estranhos vindo do quintal. A princípio, imaginou que pudesse ser algum animal ou até mesmo uma brincadeira, mas, ao conferir, se deparou com um homem revirando objetos e tentando encontrar algo de valor.

O PM então questionou o invasor sobre o que ele estava fazendo ali. Foi neste momento que a situação fugiu completamente do controle. O suspeito, longe de se render ou fugir, partiu para cima do policial e tentou tomar sua arma, o que deu início a uma luta corporal intensa, no meio do quintal.

Com os filhos dentro de casa, o desespero tomou conta do policial, que tentava de todas as formas conter o agressor. Em meio à briga, ele conseguiu efetuar disparos que atingiram o criminoso, que caiu no chão e morreu no local antes mesmo da chegada do socorro.

Um dos filhos, abalado, contou aos investigadores que ouviu os gritos de socorro e os disparos, e quando correu até o quintal, viu o pai lutando com o invasor.

Quando as equipes da Polícia Militar e da Polícia Civil chegaram, encontraram o corpo do homem caído no quintal, já sem vida. Próximo ao portão da casa, uma bicicleta foi localizada — tudo indica que o suspeito usava o veículo para circular pela região cometendo pequenos furtos.

A perícia técnica foi acionada e recolheu no local quatro estojos de munição e dois projéteis deflagrados, além de realizar todo o trabalho de levantamento de vestígios. A arma utilizada pelo policial também foi recolhida para passar por perícia, conforme os protocolos de uma ocorrência que envolve disparo de arma de fogo.

Momentos depois, a mãe do invasor esteve na delegacia e confirmou aos policiais que ele vivia em situação de rua, era dependente químico e já tinha passagens por pequenos furtos na região. Segundo ela, o filho estava há dias circulando pelo bairro e ela mesma temia que algo desse tipo pudesse acontecer.

Após ouvir testemunhas e analisar as circunstâncias do ocorrido, o delegado responsável considerou que, preliminarmente, o caso se enquadra em legítima defesa, como previsto no artigo 25 do Código Penal. Mesmo assim, o crime foi registrado como homicídio consumado com a observação de legítima defesa, e seguirá agora para investigação, como determina a lei.

O caso segue sendo apurado, mas tudo indica que foi mais um episódio onde o crime não compensou. O invasor escolheu a casa errada, tentou a coisa errada, com a pessoa errada… e pagou caro pela própria escolha.

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