Sábado, Junho 14, 2025
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Justiça mantém preso homem que levou polícia até corpo de ex-companheira em Taubaté

A Justiça decidiu manter a prisão de Luiz Felipe da Silva de Moura, de 31 anos, que confessou ter enterrado o corpo da ex-companheira Mariana da Costa Nascimento, de 28 anos, em uma área de mata na zona rural de Taubaté. A decisão foi tomada durante audiência de custódia realizada nesta quarta-feira (11), quando a prisão em flagrante foi convertida em preventiva, mantendo o suspeito detido durante as investigações.

O corpo da vítima foi localizado no final da tarde de terça-feira (10), na região do Distrito Industrial do Una, após a Polícia Civil intensificar as buscas motivadas por um boletim de desaparecimento registrado pela família. Segundo o registro, Mariana saiu com o ex-companheiro no domingo (8) e não retornou para casa. Ela já havia denunciado Luiz Felipe anteriormente e possuía uma medida protetiva contra ele.

Imagens de câmeras de segurança indicaram que o carro do suspeito esteve na área rural onde o corpo foi localizado. No local, os investigadores encontraram pertences da vítima, como um celular e uma bota, às margens de um rio. A polícia foi então até a residência de Luiz Felipe, onde familiares da vítima já confrontavam o suspeito. Diante da pressão, ele foi levado à delegacia e confessou ter matado e enterrado Mariana em um terreno de sua propriedade, embora inicialmente tenha se recusado a retornar ao local, alegando temer por sua integridade física.

A confissão permitiu que os agentes localizassem o corpo enterrado, com o apoio do Corpo de Bombeiros, que fez a remoção do cadáver. No entanto, ainda na delegacia e na presença de um advogado, Luiz Felipe mudou a versão apresentada: disse que encontrou Mariana morta, enforcada sob uma árvore no terreno, e que, temendo ser acusado de assassinato, decidiu enterrá-la por conta própria.

A defesa do suspeito argumenta que ele e a vítima mantinham uma relação conturbada, com muitas brigas, mas sustenta que ele não foi responsável pela morte. “Com medo de ser acusado da morte, ele levou até o pasto e cobriu de terra a moça. A família viu que ela não aparecia, começaram a pressionar porque sabiam da briga dos dois. Ele confessa a ocultação do cadáver, mas não assume que praticou feminicídio”, disse o advogado.

O caso segue sob investigação da Polícia Civil. Até o momento, os advogados de defesa ainda não se pronunciaram oficialmente sobre a decisão judicial. O Jornal A Notícia acompanha o caso e trará novas informações assim que forem confirmadas.

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