Jovem tenta fazer “pixão raiz” com R$ 79 mil em dinheiro vivo e termina o dia preso por lavagem
VOLTA REDONDA (RJ) – Tem gente que ainda acredita que dinheiro na mão é vendaval. No caso de um jovem de 24 anos, morador de Volta Redonda, foi mais um furacão mesmo — e quem apareceu para recolher os cacos foi a Polícia Militar.
Era sábado, dia de descanso pra uns, correria pra outros, e o rapaz resolveu que era hora de “dar um grau” na conta bancária. Só que, ao invés de um simples pix, ele apareceu em uma agência bancária da Vila Santa Cecília com a mochila abarrotada de notas. Nada de transferência digital, QR Code ou TED: era depósito raiz, na boca do caixa, igual nos tempos em que as cédulas ainda tinham cheiro de banco novo.
O montante? R$ 79.050 em dinheiro vivo. Mas aí o jovem escorregou na matemática básica. Quando os policiais chegaram — acionados após funcionários do banco desconfiarem da quantia generosa — ele jurou que estava depositando apenas R$ 45 mil. Segundo ele, tudo fruto de muito trabalho: mecânico durante o dia, motoboy à noite e, nas horas vagas, reforçava a renda ajudando na serralheria da família. Um verdadeiro exemplo de força de vontade… ou seria de ficção?
Só que a conta não fechava. Os policiais descobriram que ele já tinha conseguido depositar R$ 49.450 antes da chegada da viatura, e ainda estava com mais R$ 26.600 escondidos no estilo “marcha dos malotes”, somando os R$ 79 mil em espécie. Tudo isso sem passar por um cofre de banco ou uma agência de filmes sobre assaltos.
Como diria aquele ditado, quem muito conta, um dia se atrapalha com as contas. Diante do montante, da divergência nos valores e da explicação que parecia saída de um episódio de série de streaming, o jovem foi conduzido em flagrante para a delegacia de Volta Redonda. Agora, vai responder por suspeita de lavagem de dinheiro e está à disposição da Justiça — que, ao contrário dos caixas eletrônicos, costuma funcionar sem horário de encerramento.
Enquanto isso, fica o alerta: se for movimentar R$ 79 mil em espécie, tenha certeza de duas coisas — que você consegue explicar tudinho sem gaguejar, e que não vai terminar o dia respondendo processo com as mãos pra trás.
