Francisco Rodolfo Gomes Oricil foi morto a tiros pelo vizinho após briga por rachadura em parede
Uma discussão entre vizinhos por conta de uma rachadura em uma parede foi a causa de uma tragédia no Jardim Ismênia, em São José dos Campos. Francisco Rodolfo Gomes Oricil, de 59 anos, foi morto a tiros pelo vizinho William Vilar Garcia, de 47 anos, no início da tarde de domingo (8), na rua Caparaó. O caso desencadeou uma sequência de crimes e mobilizou forças de segurança em diversas regiões da cidade.
Segundo o boletim de ocorrência, William chamou Francisco até o portão de casa, conversou por alguns instantes e, sem qualquer chance de reação da vítima, efetuou ao menos cinco disparos com uma pistola calibre .380. Francisco morreu ainda no local. A Polícia Técnico-Científica recolheu sete cápsulas deflagradas e constatou diversas perfurações por arma de fogo no corpo da vítima.
Após o crime, William fugiu a pé e tentou roubar um carro na Avenida Uberaba. Sem sucesso, abordou um motorista que dirigia uma VW Saveiro vermelha, apontou a arma e o obrigou a levá-lo até a região sul da cidade. O sequestro-relâmpago terminou com a libertação do refém nas imediações da loja Leroy Merlin, na Avenida Andrômeda.
A Guarda Civil Municipal, com o auxílio das câmeras do Centro de Segurança e Inteligência, localizou William embarcando em um ônibus da linha 314. O veículo foi interceptado, e o suspeito preso ainda dentro do coletivo. Com ele, os agentes apreenderam a pistola utilizada no homicídio, um carregador com uma munição na câmara e mais 40 cartuchos intactos acondicionados em blisters.
Na delegacia, William foi submetido a exame residuográfico. As roupas que vestia, o celular, a arma e as munições foram apreendidos. A Polícia Civil representou pela conversão da prisão em flagrante para preventiva, o que foi acatado pela Justiça diante da gravidade dos crimes e dos indícios de autoria.
O caso foi registrado como homicídio qualificado por motivo fútil e por dificultar a defesa da vítima, além de constrangimento ilegal com uso de arma de fogo. As investigações continuam.
