Começa julgamento de homem acusado de matar mulher e enterrar corpo no quintal em Taubaté
Teve início na manhã desta terça-feira (3), no Fórum de Taubaté, o julgamento de Manoel Aurino Chaves dos Santos, de 39 anos, acusado de assassinar Natália Aline Silva, de 32, e ocultar o corpo no quintal de uma casa no bairro Parque São Luís. O crime, que chocou a cidade, ocorreu em abril deste ano.
A sessão foi aberta por volta das 9h30 e, até às 11h44, já haviam sido ouvidos o pai da vítima e dois policiais civis que participaram da investigação. O próprio réu também foi interrogado, respondendo a perguntas do juiz e das partes. O julgamento prossegue sob forte comoção, com a presença de familiares e amigos de Natália no plenário.
No momento da publicação desta reportagem, o júri popular se encontrava na fase dos debates, com a promotoria apresentando a acusação. Após uma pausa para o almoço, a expectativa é que a defesa retome os trabalhos, buscando convencer os jurados da tese de que o crime não foi premeditado. A sentença deve ser proferida ainda nesta terça-feira, por volta das 17h.
Relembre o caso
O caso veio à tona no dia 25 de abril, quando uma denúncia anônima levou agentes do Departamento Estadual de Investigações Criminais (DEIC) até uma residência na rua Padre Fischer. No local, os policiais localizaram o corpo de Natália enterrado sob uma camada de concreto, no quintal da casa. O acusado confessou o crime e indicou onde havia escondido o corpo.
Segundo relatos da família, Natália estava desaparecida havia cinco dias. Ela teria saído de casa e não retornado. O acusado chegou a visitar a residência da família da vítima durante esse período, perguntando sobre ela, o que aumentou as suspeitas. De acordo com o pai da vítima, Natália conheceu Manoel pela internet e chegou a levá-lo para almoçar com a família, onde ele demonstrou ser “uma pessoa tranquila”.
O Corpo de Bombeiros foi acionado para fazer a remoção do corpo, e laudos da perícia indicaram que Natália já estava morta havia aproximadamente três dias. A vítima deixou três filhos pequenos, o que tornou o caso ainda mais dramático e repercutido na cidade e região.
O julgamento é acompanhado com expectativa, especialmente pela comunidade do Parque São Luís e movimentos de defesa das mulheres, que cobram justiça e penas severas para crimes de feminicídio.
