Sogro é morto após ameaçar nora e reagir à abordagem da PM em Cruzeiro
Um homem de 52 anos morreu após ser baleado durante uma intervenção da Polícia Militar, na noite de quarta-feira (29), no bairro Jardim Imperial, em Cruzeiro. Ele era acusado de ameaçar a própria nora e, segundo o registro policial, estava armado no momento em que tentou fugir da abordagem.
A ocorrência foi registrada na Delegacia Seccional como homicídio decorrente de oposição à intervenção policial, além de ameaça e violência doméstica.
Segundo o boletim de ocorrência, a vítima da ameaça, identificada pelas iniciais K.C.S.T., de 24 anos, acionou a PM relatando que vinha sendo constantemente intimidada pelo sogro, Celso do Carmo. Relatos da jovem e de sua mãe, A.S., confirmaram que o homem deixou a residência da nora e retornou minutos depois portando um revólver calibre .38.
Ao sair armado de sua casa, Celso foi avistado por uma viatura da Polícia Militar. Ao notar a aproximação dos policiais, ele teria corrido de volta para dentro do imóvel, com a arma ainda em mãos. Segundo o relato da equipe, ele deixou a porta aberta e, ao ser localizado dentro da sala, ainda portava o revólver.
Diante do risco percebido, um dos policiais efetuou dois disparos, que atingiram o suspeito no tórax. O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) foi acionado, mas a equipe médica apenas pôde constatar o óbito no local.
Durante a perícia, foram recolhidos dois estojos de munição calibre .40 e dois fragmentos de projéteis, além do revólver calibre .38 com numeração suprimida, contendo seis munições intactas. Um celular da marca LG também foi apreendido. Os policiais envolvidos não estavam utilizando câmeras corporais no momento da ação.
A Polícia Civil destacou que o homem tinha antecedentes criminais por ameaça, roubo e estupro, conforme o Código Penal.
Após o ocorrido, a jovem foi orientada sobre o direito de solicitar medidas protetivas contra os familiares do autor, mas preferiu não formalizar o pedido naquele momento. A investigação preliminar apontou para legítima defesa por parte da equipe policial, que teria agido de forma a garantir sua segurança e a de terceiros.
A ocorrência segue em apuração pela delegacia responsável.
