A Caçada Urbana: o crime tenta se esconder, mas a Polícia Militar está um passo à frente
Por trás das cortinas da cidade, criminosos seguem tentando se camuflar na paisagem urbana, como sombras que apostam no anonimato. Mas a última quinta-feira, 29 de maio de 2025, deixou um recado claro: o cerco está se fechando. A Polícia Militar do Vale do Paraíba e Litoral Norte realizou uma verdadeira operação cirúrgica, unindo patrulhamento inteligente, denúncia, reconhecimento facial e faro investigativo para neutralizar criminosos em série. O Jornal A Notícia acompanhou os bastidores.
Zonas Sul e Leste de São José dos Campos: o coração do crime pulsando sob vigilância
São José dos Campos virou palco central de prisões impactantes. Na zona sul, o bairro Campo dos Alemães viu o desmonte de mais uma célula do tráfico: um homem foi preso com 44 porções de skank, 15 de ice, 11 de dry, 57 pedras de crack, R$ 190 em dinheiro vivo e um celular. Um pequeno arsenal químico embalado para venda rápida.
Horas depois, no bairro Frei Galvão (zona leste), outro suspeito foi abordado. Com ele, apenas um celular e R$ 105. Mas ao vistoriar sua residência, a PM encontrou drogas e mais dinheiro. Dois pontos distintos da cidade, o mesmo modus operandi: venda domiciliar disfarçada de normalidade.
Ainda na zona sul, a Força Tática do 46º BPM/I prendeu um indivíduo procurado pela Justiça por receptação (Art. 180 do CP). Ele andava livremente até ser identificado durante patrulhamento às 18h30.
Quando a violência doméstica revela algo mais sombrio
Na mesma região, um chamado por violência doméstica no bairro Morumbi terminou com uma revelação alarmante: o casal envolvido na briga estava com mandados de prisão em aberto. A briga era só a ponta do iceberg. Ambos foram levados à Central de Flagrantes.
Outro caso de violência, em Caçapava, feriu não apenas a cônjuge, mas também uma criança de apenas 11 meses, com lesões constatadas pela PM. O agressor tentou fugir da casa, mas foi interceptado e preso em flagrante. A crueldade silenciada entre paredes não passou impune.
Tecnologia como aliada: o reconhecimento facial em ação
Também em Caçapava, uma ocorrência mostra que o futuro já é presente na segurança pública. Um suspeito tentou enganar os policiais fornecendo dados falsos. Mas a ferramenta Muralha Paulista, com reconhecimento facial, cruzou imagens e confirmou: ele era procurado por tráfico de drogas (Art. 33 da Lei 11.343/06). Foi preso na hora.
Ubatuba, Caraguá e São Sebastião: o litoral também responde
No litoral, o tráfico segue sua rota pelas avenidas do varejo ilícito. Em Ubatuba, dois casos chamaram atenção: uma mulher procurada foi presa dentro de uma escola no bairro Parque dos Ministérios, e um homem foi flagrado no bairro Umuarama com uma sacola contendo 406 pinos de cocaína, 150 pedras de crack, 132 porções de maconha, dinheiro e celular. A “cena” é conhecida: fuga mal-sucedida e confissão imediata.
Em Caraguatatuba, o bairro Travessão registrou a prisão de um homem de 34 anos que tentou escapar após ser flagrado mexendo em uma lixeira. Com ele, cocaína, crack e maconha. No bairro Casa Branca, a cena era ainda mais explícita: quatro pessoas — dois homens, uma mulher e um adolescente — preparavam entorpecentes na calçada. O grupo, que visava abastecer o “turno noturno”, foi pego em flagrante com drogas e dinheiro.
Em São Sebastião, no bairro Boiçucanga, uma mulher de 23 anos tentou manter a rotina em duas rodas. Mas o nervosismo ao ver a viatura a entregou. A consulta via COPOM revelou o mandado de prisão por tráfico. Mais uma que não escapou.
No fio da navalha entre o ordinário e o criminoso
Em comum entre todas essas ocorrências está a mesma lógica: traficantes e procurados operando às margens da legalidade, apostando que o disfarce da rotina — uma bicicleta, uma sacola, uma conversa na calçada — será suficiente para esconder seus crimes. Mas a atuação firme da Polícia Militar, somada à tecnologia e ao faro dos agentes, tem desmontado essa ilusão com eficiência crescente.
O recado está lançado: o crime não tem mais lugar para se esconder. Onde houver irregularidade, haverá resposta.




