Dupla é baleada em praça de Cachoeira Paulista e polícia apura possível ligação com execução registrada no dia seguinte

Dois homens foram alvos de disparos de arma de fogo na madrugada de sábado na Praça Prado Filho, em pleno Centro de Cachoeira Paulista. A Polícia Militar foi acionada após moradores ouvirem tiros, mas ao chegar ao local, os agentes não encontraram cápsulas de munição, marcas de sangue ou testemunhas que pudessem esclarecer o ocorrido.

Pouco tempo depois, a polícia foi informada de que duas vítimas haviam dado entrada no hospital da cidade com ferimentos causados por tiros. Os baleados foram identificados como um homem de 30 anos e outro de 23. Um deles relatou que estava na praça consumindo drogas quando ouviu os disparos e percebeu que havia sido atingido no ombro e na lateral do corpo. O segundo apenas declarou ter estado “no lugar errado, na hora errada”.

Ambos os feridos têm antecedentes por tráfico de drogas. A autoria dos disparos ainda é desconhecida. Apesar de haver comércios próximos com câmeras de segurança, ainda não há confirmação se o crime foi registrado por algum dos sistemas.

O caso foi registrado como tentativa de homicídio e está sendo investigado pela Polícia Civil, que agora apura se há conexão com um segundo episódio violento registrado na cidade na noite do dia seguinte.

Execução pode ter relação com tiroteio na praça

Na noite de domingo, um homem identificado como Rodolfo Guaraci Faria, conhecido como “Pantera”, de 41 anos, foi executado com três tiros enquanto estava dentro de um carro na Rua Silvino Nogueira de Sá, no bairro Parque Primavera. Rodolfo era conhecido nos meios policiais por envolvimento com roubo e tráfico de drogas. Ele foi encontrado dentro de um Volkswagen Fox vermelho com a porta do motorista aberta e já chegou ao hospital sem vida.

A perícia identificou três ferimentos provocados por arma de fogo – um no tórax e dois na cabeça – além de projéteis e cápsulas calibre .38 no local do crime. Um homem, também conhecido por envolvimento com o tráfico e possível desafeto da vítima, foi visto filmando a cena e teve o celular apreendido para análise.

Diante da proximidade temporal e do histórico criminal das vítimas envolvidas nos dois episódios, a Polícia Civil não descarta a possibilidade de ligação entre os casos, que seguem sob investigação.