Sábado, Maio 24, 2025
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Com faca no pescoço, ‘Mulher Gato’ assaltou PM e espalhou terror em São José

O apelido pode até remeter ao mundo dos quadrinhos, mas a realidade é bem mais sombria. Aos 25 anos, Luana Rabelo, conhecida como “Mulher Gato”, é investigada pela Polícia Civil por liderar uma quadrilha que tem espalhado medo em São José dos Campos e região. O caso mais ousado: ela e uma cúmplice renderam um policial militar com uma faca no pescoço, roubaram a arma da corporação e desapareceram como em um roteiro de filme — mas sem final feliz.

A jovem ficou famosa nas redes sociais por exibir uma rotina de luxo, com roupas caras, viagens e festas — tudo diante de milhares de seguidores. Por trás da tela, porém, surgem denúncias de furtos, estelionatos e roubos violentos. A polícia afirma que ela comandava um esquema em que mulheres se passavam por garotas de programa para atrair motoristas, geralmente durante a madrugada. As vítimas, encurraladas em locais ermos, eram abordadas com simpatia — e, segundos depois, com violência.

Imagens de câmeras de segurança mostram o grupo cercando carros, simulando conversas e partindo para a ação. A polícia já identificou pelo menos duas vítimas, mas acredita que o número seja muito maior. O medo de retaliação e a vergonha têm dificultado as denúncias.

Luana também carrega nas costas um passado turbulento: teria sido amante de três traficantes do Complexo da Maré, no Rio de Janeiro. Acabou jurada de morte e expulsa da favela. Refugiada em São Paulo, encontrou em São José uma nova base para os crimes. Já foi presa por furto, mas foi liberada e, segundo as investigações, não parou por aí.

Para completar a novela criminal, ela agora tenta na Justiça ser reconhecida como companheira de um dos maiores traficantes do país, morto em confronto com a polícia. A defesa quer garantir uma fatia da herança do criminoso, alegando união estável.

O mandado de prisão contra a “Mulher Gato” está por um fio, e a Polícia Civil reforça o apelo para que novas vítimas procurem a delegacia. A quadrilha é suspeita de movimentar cifras milionárias em golpes aplicados no Vale do Paraíba. A caçada está aberta — e dessa vez, o glamour pode dar lugar às grades.

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