Policial Militar é condenado a mais de 50 anos de prisão por matar três jovens da mesma família em Taubaté
Após mais de sete anos do crime que chocou a cidade de Taubaté, no interior de São Paulo, o policial militar Pablo Hernandes Russi foi condenado a 50 anos, quatro meses e 24 dias de prisão pelo assassinato de três jovens da mesma família. O júri popular aconteceu nesta sexta-feira (16), no Fórum da cidade. Outro policial acusado no caso, Alan Pereira de Oliveira, foi absolvido.
O crime ocorreu em fevereiro de 2017 no bairro Rancho Grande. As vítimas — os irmãos Felipe Alves da Costa, de 21 anos, e Luiz Henrique Moreira, de 24, além do primo deles, Wellington Thomas Frank, de 25 — foram mortos a tiros dentro de um carro. Todos tinham passagens pela polícia por tráfico, furto e roubo, segundo registros da época.
Conforme informações do Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP), Pablo foi condenado por homicídio qualificado, com a pena triplicada em razão do número de vítimas. Ele teve a prisão decretada imediatamente após o veredito e deverá cumprir a pena em regime fechado. Com o trânsito em julgado, ou seja, quando não houver mais possibilidade de recurso, ele também perderá o cargo de policial militar.
Já Alan Pereira de Oliveira, também policial militar e inicialmente réu no processo, foi absolvido de todas as acusações pelo mesmo júri.
Entenda o caso
Na noite do crime, os três jovens foram abordados por homens armados que estavam em um carro preto. Eles foram alvejados e morreram ainda no local. A versão apresentada pela Polícia Civil apontou que as vítimas teriam sido levadas por policiais para uma diligência antes de serem executadas.
Familiares relataram que os três voltaram para casa após serem levados por PMs, mas foram atacados menos de 24 horas depois.
As investigações resultaram na prisão de três policiais militares em março de 2018, apontados como autores do crime. Eles chegaram a ser absolvidos em um julgamento ocorrido em novembro de 2019, mas o Ministério Público recorreu da decisão, levando dois deles de volta ao banco dos réus.
O desfecho mais recente condenou Pablo Russi e absolveu Alan Oliveira. A reportagem segue aberta para atualização caso haja manifestação das defesas envolvidas.
