Quinta-feira, Maio 15, 2025
Manchete

Continua preso homem acusado de agredir e manter companheira em cárcere após bilhete ser enviado pela vítima via filho de 5 anos

Permanece preso o homem de 26 anos acusado de agredir brutalmente e manter em cárcere privado a companheira, uma jovem de 23 anos, na zona rural de Cruzeiro. O caso veio à tona após a vítima conseguir enviar um bilhete pedindo socorro, escondido no caderno do filho de 5 anos, entregue à direção da escola onde o menino estuda, em Cachoeira Paulista.

No bilhete, escrito com palavras simples, mas carregado de desespero, a mulher pediu ajuda à diretora: “Querida diretora, preciso de sua ajuda. O pai do meu filho está me batendo muito. Tem como você me ajudar? Para o bem dos meus filhos, por favor. Estou com muito medo. Obrigada.”

O alerta foi levado imediatamente à Polícia Civil, que, com o auxílio do motorista da van escolar, conseguiu localizar o sítio onde a mulher era mantida sob vigilância constante, às margens da rodovia Presidente Dutra, no bairro rural do Sapê. No local, os policiais encontraram a vítima com hematomas nos braços e outros sinais evidentes de agressões físicas. Ela confirmou todas as violências e ainda apresentou um segundo bilhete, que havia escrito para a irmã, mas que não conseguiu entregar por estar vigiada o tempo todo.

A jovem relatou que vivia em regime de cárcere, proibida de sair sozinha, de usar telefone celular ou de se comunicar com qualquer pessoa. Contou que era constantemente ameaçada de morte, inclusive com ameaças contra seus familiares. Em uma das agressões, no dia 1º de maio, levou uma “surra com vara de bambu”. Em outro episódio, o agressor arrancou um tufo de seus cabelos, que foi localizado no carro da família durante a investigação.

Preso em flagrante, o agressor foi encaminhado à Cadeia Pública de Lorena, onde passou por audiência de custódia. A Justiça converteu a prisão em flagrante para prisão preventiva, e ele segue detido enquanto responde pelos crimes de violência doméstica, cárcere privado, ameaça e lesão corporal.

A vítima foi acolhida por familiares na cidade de Silveiras, em local seguro, e orientada sobre seus direitos conforme previsto na Lei Maria da Penha. O caso continua sob investigação e a prisão do acusado foi mantida diante da gravidade dos fatos e da robustez das provas reunidas.

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