Enquanto a marmita esquentava, os bandidos esfriavam o almoxarifado: furto de R$ 46 mil em São José
Foi só o vigia dar aquela paradinha estratégica pra esquentar a marmita que o caos se instaurou no canteiro de obras. Em plena madrugada de sexta-feira, numa obra na rua Alteia, Jardim Ismênia, em São José dos Campos, ladrões com mira de GPS e timing de ninja fizeram a limpa no almoxarifado de uma construtora. Levaram três martelos demolidores avaliados em R$ 46.300, e deixaram no ar a pergunta: era almoço do vigia ou um festival gastronômico com direito a sobremesa e soneca?
Segundo o boletim de ocorrência, os criminosos arrombaram a janela do almoxarifado com mais discrição do que visita que tira o chinelo pra entrar. E foram direto ao ponto: nada de levar saco de cimento ou prego solto — o negócio aqui foi de gente estudada. Sabiam exatamente onde estavam as ferramentas valiosas e saíram com elas no muque, sem serem vistos, ou melhor, sem serem atrapalhados pela pausa gourmet do segurança.
O coordenador da obra contou à polícia que, sim, havia vigilância no local. Mas o vigia, com sinceridade ímpar, admitiu que no momento do crime estava no modo chef, dando atenção total à sua marmita. E com o micro-ondas (ou provavelmente um forninho elétrico) zumbindo, ele não viu, não ouviu e provavelmente nem sentiu o cheiro da treta.
O furto só foi notado no dia seguinte, na verificação de rotina. Imagina a cena: operário chega animado, pega a prancheta, abre o almoxarifado e encontra… vento. E o vento, ainda por cima, carregando os ecos de uma marmita quentinha da noite anterior.
A Polícia Civil investiga o caso como furto qualificado. As ferramentas roubadas estavam alugadas — ou seja, além de perder, a construtora agora vai pagar por algo que nem sabe onde está. A investigação está nas mãos do 5º Distrito Policial, que corre atrás dos suspeitos, embora os martelos — ironicamente — sejam os únicos que sabem exatamente quem quebrou tudo.
Se alguém tiver alguma pista, visão mediúnica ou palpite baseado em intuição de mãe, pode ligar pro Disque-Denúncia, no 181. E fica a lição: na próxima, o vigia leva sanduíche frio e uma cadeira giratória com retrovisor. Segurança nunca é demais… e marmita demais, às vezes, é de menos.
