Domingo, Maio 4, 2025
Plantão Policial

Morte de jovem peão comove Lagoinha e comunidade do rodeio

A pequena cidade de Lagoinha, no interior do Vale do Paraíba, amanheceu de luto esta semana após o assassinato brutal de Mateus Expedito de Campos, de 24 anos, um dos nomes promissores do rodeio nacional. O jovem foi baleado por uma dupla em uma motocicleta, em plena luz do dia, em uma cena que chocou os moradores e foi registrada por câmeras de segurança.

De acordo com as imagens, Mateus caminhava com um amigo quando os criminosos se aproximaram em uma moto verde, sem placa visível. O garupa desceu, teria confirmado a identidade da vítima, e disparou seis vezes. Mateus tentou fugir e chegou a entrar em uma loja de ração próxima, mas foi atingido pelos disparos. Seu amigo escapou ileso. O peão chegou a ser socorrido com vida, mas não resistiu aos ferimentos.

A Polícia Civil trata o caso como execução premeditada. A principal linha de investigação aponta para um desentendimento recente: dias antes do crime, Mateus teria se envolvido em uma briga de bar que terminou com um homem ferido por faca. Desde então, ele vinha recebendo ameaças de morte. O suspeito do assassinato já possui antecedentes criminais.

A comoção se espalhou rapidamente entre os moradores e no circuito do rodeio. Mateus, apesar da pouca idade, já havia representado o Brasil em arenas internacionais, inclusive nos Estados Unidos, e estava classificado entre os dez melhores peões do país em 2024. Ele se preparava para disputar a grande final em Cajamar, com direito a prêmio de um carro zero quilômetro.

“Ele era um menino humilde, sonhador. Tinha o brilho nos olhos de quem acreditava no futuro. Uma perda que fere não só a família, mas toda a cidade e o mundo dos rodeios”, comentou uma amiga próxima, emocionada. Outra ex-professora lembrou: “Mateus era daqueles alunos cheios de energia, mas com um coração enorme. Eu sempre o chamei de Mateusinho. Ele encantava todos ao redor.”

A Prefeitura de Lagoinha decretou luto oficial e diversos eventos esportivos e culturais foram suspensos em respeito à memória do jovem. As redes sociais foram inundadas por homenagens de fãs, amigos, profissionais do rodeio e anônimos que lamentaram a perda precoce.

A Polícia Civil continua as investigações e pede para que informações que possam ajudar na identificação dos autores sejam repassadas de forma anônima. O crime que tirou a vida de um jovem sonhador ainda ecoa pelas ruas de Lagoinha, com a dor da pergunta que não quer calar: por quê?

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