Justiça condena ex-namorado a 31 anos de prisão por assassinato brutal de médica de Guaratinguetá
A Justiça selou o destino de Davi Izaque Martins Silva, de 27 anos, condenado a 31 anos e seis meses de prisão pelo assassinato brutal da médica Thalita da Cruz Fernandes, natural de Guaratinguetá. O crime, cometido em São José do Rio Preto, em 2023, chocou o Vale do Paraíba e todo o Estado de São Paulo.
Thalita, de apenas 28 anos, foi encontrada morta dentro do próprio apartamento, com o corpo escondido em uma mala. Formada em Medicina em 2021, ela trabalhava em plantões hospitalares em Rio Preto e era muito querida por colegas e pacientes. Sua morte gerou comoção em Guaratinguetá, cidade onde nasceu, e por onde sempre espalhou carinho e dedicação à profissão.
Davi, o então namorado, confessou o crime durante as investigações da Polícia Civil. Em depoimento, disse ter usado drogas antes de atacar Thalita enquanto ela dormia. O corpo da jovem foi encontrado nu, com ferimentos no rosto, evidenciando a crueldade do ato. O Ministério Público denunciou o réu por homicídio qualificado, destacando o motivo torpe, o uso de meio cruel e o recurso que dificultou qualquer chance de defesa da vítima.
No tribunal, Davi enfrentou um júri popular que, sem hesitar, confirmou sua culpa e o condenou pela barbárie. A sentença foi publicada nesta terça-feira (22). A defesa ainda pode recorrer, mas, até o momento, não se manifestou.
Na época do crime, foi uma amiga de Thalita quem acionou a polícia, preocupada com seu desaparecimento. Davi, numa tentativa insana de ocultar o corpo, tentou sair do apartamento carregando a mala onde havia escondido Thalita. Mas o zíper se rompeu, e ele desistiu, abandonando o cadáver no local.
A violência do crime, a tentativa de esconder o corpo e a brutalidade contra uma mulher indefesa reacenderam o debate sobre feminicídio e a vulnerabilidade feminina, mesmo em ambientes considerados seguros. O caso de Thalita é mais um retrato trágico de uma realidade que insiste em se repetir.
Com a condenação, a família e os amigos de Thalita finalmente têm um pouco de alívio, mas a saudade e a dor permanecem. Justiça foi feita, mas o vazio deixado pela jovem médica seguirá ecoando na memória de todos que a amavam.
