Domingo, Fevereiro 23, 2025
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Processo Seletivo em Canas: Professores Denunciam Plágio em Prova e Cobram Transparência da Prefeitura

A credibilidade de um processo seletivo começa na lisura de suas etapas, na transparência de seus critérios e, acima de tudo, no respeito aos candidatos que se dedicam para concorrer a uma vaga no serviço público. Mas em Canas, o que deveria ser um certame técnico, imparcial e criterioso, virou alvo de polêmica. Professores que participaram do processo seletivo da Prefeitura, realizado no último domingo (9), acusam a administração de plágio na elaboração da prova e pedem a reaplicação do exame.

A denúncia tem base sólida: segundo os candidatos, a prova aplicada teria sido copiada da banca Avança SP, com diversas questões idênticas às disponíveis na internet. Embora algumas perguntas tenham sofrido alterações pontuais, a estrutura e o conteúdo principal permanecem os mesmos, levantando suspeitas sobre a real elaboração do exame. O problema não parou por aí. Além do suposto plágio, vários candidatos relataram que a prova trouxe questões sobre temas que não constavam no conteúdo programático do edital, surpreendendo os participantes e comprometendo a isonomia do concurso.

“Nos preparamos com base no edital, estudamos os temas indicados e, quando sentamos para fazer a prova, percebemos que havia conteúdos que nunca foram mencionados. Isso é inaceitável”, desabafa um dos candidatos, que preferiu não se identificar. Segundo ele, a frustração tomou conta de muitos professores ao longo da aplicação do exame, principalmente aqueles que perceberam a similaridade das questões com provas antigas de outras seleções.

A situação atinge diferentes níveis do processo seletivo. Candidatos do Ensino Médio e do Ensino Superior afirmam que as inconsistências foram generalizadas, reforçando a desconfiança sobre a seriedade da avaliação. A indignação se espalhou rapidamente entre os candidatos, que agora organizam uma mobilização para exigir explicações da Prefeitura e pressionam por uma solução que garanta a equidade no certame.

Diante da gravidade das denúncias, os professores prejudicados pedem a reaplicação da prova e questionam quais foram os critérios adotados para a elaboração do exame. “Se a prefeitura simplesmente copiou questões da internet, como podemos confiar na correção e no resultado final?”, questiona outra candidata, que teme que o processo seletivo termine sem respostas concretas.

A Prefeitura de Canas ainda não se pronunciou oficialmente sobre as denúncias. O Jornal tentou contato com a administração municipal para entender se haverá uma investigação sobre o caso, mas até o momento não obteve retorno. O espaço segue aberto para esclarecimentos. Enquanto isso, a tensão cresce entre os candidatos, que agora aguardam uma posição oficial sobre o futuro do certame. A pergunta que ecoa entre os professores é direta: haverá justiça, ou tudo será varrido para debaixo do tapete da burocracia?

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