“Ponte que Partiu…” Só na Imaginação do Itagaçaba!: Dois dedos de abertura, uma tonelada de drama
Cruzeiro amanheceu com uma “nova crise municipal”: a ponte Ademar de Barros, no Itagaçaba, foi diagnosticada como quase ruína… por um vídeo de celular! O engenheiro autodidata, munido de uma câmera e dois dedos de indignação, mostrou ao mundo que a junta de dilatação da ponte está aberta. Isso mesmo, dois dedos de espaço, o suficiente para ele imaginar um desastre digno de Globo de Ouro.
Como se não bastasse, uma página de notícias local embarcou na viagem, publicando a manchete: “RISCO DE QUEDA DA PONTE”, com direito a emojis dramáticos e uma dose de pânico suficiente para fazer qualquer um buscar o seguro de vida.
No vídeo, o Engenheiro do WhatsApp aponta para a tal abertura na junta de dilatação (uma característica normal de pontes, diga-se de passagem) e alerta para o perigo iminente de um apocalipse viário. “eu quero pedir a interdição da ponte”, declarou ele com a convicção de quem acabou de assistir um tutorial de engenharia no YouTube. Se a junta de dilatação falasse, diria: “Calma Zé, eu nasci assim!”
Nos comentários, outros moradores embarcaram no alarde, lembrando que na época do vereador Diego Miranda, famoso pela frase “Tá tudo bem na ponte”, a questão já havia sido levantada e descartada. Parece que o Diego, além de vereador, também era o vidente oficial da cidade, afinal, ele já previa que “esse papo de ponte” ia render anos de memes.
A página que publicou a denúncia transformou uma simples reclamação em roteiro de tragédia. “Risco de queda da ponte” virou a manchete. O detalhe? Nenhum laudo técnico. Nem uma foto de engenheiro no local, nem mesmo um pedreiro com régua na mão. Mas o drama? Ah, esse tava garantido!
A ponte, coitada, está lá há décadas, segurando carros, caminhões e, agora, a imaginação de quem não verificou nada. Se pontes tivessem sentimentos, essa já teria pedido férias coletivas.
Enquanto isso, moradores do bairro agora discutem se dois dedos de abertura são o suficiente para gerar um caos estrutural. Alguns sugeriram interditar a ponte preventivamente, enquanto outros acham que o melhor seria interditar os influencers até contratar um engenheiro para acompanhar as pautas.
Fica a dica para todos: se vir algo estranho, chame as autoridades competentes. Mas antes de lançar vídeos e manchetes apocalípticas, que tal uma visita de um engenheiro de verdade? Afinal, duas coisas são mais perigosas do que uma junta de dilatação aberta: pânico desnecessário e notícia sem fundamento técnico.
E para a ponte Ademar de Barros, um recado: aguenta firme, garota, porque dois dedos não vão te derrubar. Mas o peso das manchetes, quem sabe…