Aves, Espingarda e um ‘Mato’ Suspeito: Guaratinguetá Vira Cena de Polícia
Na manhã de segunda-feira, 6 de janeiro, o bairro Paiol, em Guaratinguetá, acordou com um roteiro digno de filme: denúncia anônima, flagrante e até uma plantação suspeita. A Polícia Militar Ambiental foi chamada ao local e logo na entrada encontrou duas gaiolas com coleirinhos, aves da fauna silvestre, aparentemente tratados como “hóspedes VIP”, mas sem alvará ambiental.
Os policiais, com autorização do dono da casa, entraram para continuar a vistoria e, lá dentro, encontraram uma espingarda calibre 28 e uma espingarda de pressão, ambas sem os documentos necessários. No quintal, a descoberta que “crescia” sob o radar: um vaso com uma muda de maconha. Um item que, ao que tudo indica, estava longe de ser parte de um projeto de paisagismo.
O morador foi conduzido à delegacia para explicar a coleção peculiar. Lá, recebeu voz de prisão e teve que engolir um auto de infração ambiental de R$ 1.000. Enquanto isso, as aves, que não têm culpa de nada, foram enviadas ao Centro de Triagem de Animais Silvestres (Cetas), em Lorena, onde terão a chance de voar para a liberdade – desta vez, legalmente.
O Paiol, que até então era conhecido pela sua tranquilidade, virou palco de um verdadeiro “show de variedades”. Entre os vizinhos, o assunto do dia não foi o clima ou o preço da feira, mas as aventuras do morador que, com tantas infrações, poderia até abrir um mercado clandestino com o lema “de tudo um pouco”. Agora, resta esperar pelos desdobramentos da Justiça, enquanto o bairro tenta voltar à sua rotina – sem aves engaioladas, armas escondidas ou mudas ilegais no jardim.