“Quero saber o que aconteceu”: Marido busca respostas sobre morte de caminhoneira em Pindamonhangaba
João Marcelo Dias Gonçalves, também caminhoneiro, expressou sua profunda dor e busca por respostas após a trágica morte de sua esposa, Vera Lúcia de Oliveira Dias Gonçalves, de 47 anos. Vera faleceu na noite de sexta-feira, 3 de janeiro de 2025, em um acidente na fábrica da Novelis, localizada em Pindamonhangaba.
O acidente ocorreu durante o descarregamento de fardos de alumínio. Um dos fardos, com aproximadamente 600 quilos, desestabilizou-se e tombou em direção a Vera, que estava próxima ao caminhão. Apesar do socorro imediato prestado pela equipe de emergência da Novelis e do encaminhamento ao hospital, Vera não resistiu aos ferimentos.
Em entrevista, João Marcelo desabafou: “Quero tirar esse ponto de interrogação do meu peito. Não quero briga, indenização. Só quero saber o que aconteceu, o que causou esse acidente”. Ele relembrou com emoção a vida ao lado de Vera, com quem compartilhou 30 anos de casamento e a paixão pela profissão de motorista. “Ela sempre teve o desejo de ser caminhoneira. Eu, o pai e o irmão dela também somos, então ela sempre teve essa vontade. Estava trabalhando nessa empresa há dois meses e estava super contente, com uma alegria grande, que nunca tinha visto”, afirmou.
O corpo de Vera Lúcia foi sepultado na manhã de domingo, 5 de janeiro, no Cemitério Municipal de Roseira, cidade onde residia, em uma cerimônia marcada por profunda comoção entre familiares e amigos.
A Novelis, em nota oficial, confirmou o acidente e informou que está colaborando com as autoridades para investigar as circunstâncias do ocorrido. A empresa também destacou que a transportadora empregadora de Vera está prestando apoio à família enlutada.
As autoridades competentes iniciaram uma investigação para apurar as causas do acidente e verificar se todas as normas de segurança estavam sendo cumpridas no momento do incidente. A morte de Vera Lúcia ressalta a importância de rigorosos protocolos de segurança no ambiente de trabalho, especialmente em setores que envolvem operações de alto risco, como o manuseio de cargas pesadas.
A comunidade de Roseira e colegas de profissão lamentam profundamente a perda de Vera, lembrada por sua dedicação, alegria e amor pela profissão de caminhoneira. A busca por respostas continua, na esperança de que esclarecimentos possam trazer algum conforto aos corações enlutados.