Fim da ‘saidinha’: 3,4 mil detentos devem retornar aos presídios no Vale do Paraíba nesta sexta-feira
Nesta sexta-feira (3), chega ao fim a saída temporária de fim de ano para cerca de 3,4 mil detentos do regime semiaberto no Vale do Paraíba. Os presos têm até as 18h para se apresentarem de volta aos presídios da região.
O benefício, previsto pela Lei de Execução Penal, começou em 23 de dezembro e permitiu que os presos passassem as festas de fim de ano com suas famílias. Para serem liberados, os detentos devem atender a critérios como bom comportamento e cumprimento de parte da pena.
Entre os beneficiados com a “saidinha” estão nomes de casos de grande repercussão, como Cristian Cravinhos e Lindemberg Alves. A medida tem como objetivo reforçar a ressocialização e o vínculo familiar, preparando os presos para a reintegração à sociedade.
Cravinhos foi condenado pela participação no assassinato dos pais de Suzane von Richthofen, um crime que chocou o país pela brutalidade e premeditação. Já Lindemberg Alves cumpre pena pelo sequestro e assassinato de Eloá Pimentel, em 2008, um caso que paralisou o Brasil e expôs falhas no gerenciamento de crises. Ambos continuam sendo símbolos de crimes marcantes na história recente do país.
A Secretaria de Administração Penitenciária (SAP) informou que os presos que não retornarem no prazo estipulado serão considerados foragidos e perderão o direito ao benefício em ocasiões futuras. As forças de segurança serão acionadas para localizar e recapturar eventuais fugitivos.
A saída temporária é vista como uma ferramenta de equilíbrio entre punição e reintegração social, mas continua a ser alvo de debate na sociedade. Enquanto muitos defendem sua importância para a ressocialização, outros questionam sua eficácia no contexto atual.
Com o fim da “saidinha”, o sistema penitenciário da região retoma sua rotina, agora focado no monitoramento dos retornos e na continuidade dos trabalhos para garantir a segurança e a ordem.