Sábado, Janeiro 11, 2025
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Zezinho do Açougue: Nem Com a Máquina na Mão, Conseguiu Cortar o Queijo da Reeleição

Por Luigdi Santiago

Se o mandato de Zezinho do Açougue fosse um prato, seria aquele que chega na mesa errado, frio e sem tempero. O prefeito de Lavrinhas (PP), que assumiu com promessas de servir um banquete de realizações, encerra o mandato como o antecessor Dr. Sergio Ruggeri: sem moral, sem credibilidade e, agora, sem cadeira. Mesmo com a máquina pública na mão, Zezinho não conseguiu emplacar sua candidatura à reeleição, deixando a política para voltar à produção de queijos — ao menos lá ele ainda tem clientes.

Nos primeiros dois anos, Zezinho até manteve o forno ligado, entregando algumas obras e acenando para a população com promessas de progresso. Mas, depois disso, tudo começou a derreter. O que era uma gestão estável virou um fiasco: projetos atrasados, bairros abandonados e descontentamento geral. O prefeito parecia mais interessado em curtir o aroma do próprio queijo do que em escutar os avisos de que sua administração estava desandando.

E desandou. Mesmo com o poder da máquina pública, Zezinho perdeu força política, viu sua popularidade cair e não conseguiu nem sequer alinhar apoio suficiente para disputar a reeleição. Talvez a prepotência tenha sido o ingrediente extra que azedou sua receita. Alheio às críticas e conselhos, Zezinho governou como quem acha que está em um reality show: sempre com a certeza de que seria o vencedor, mesmo com o público desligando a TV.

Os munícipes não perdoam. No Village Campestre, o mato alto virou piada. “Aqui é tão abandonado que o IBGE classificou como reserva ambiental”, brincou um morador. Em outras áreas, as obras começaram mas nunca terminaram, deixando Lavrinhas parecendo um tabuleiro de xadrez mal jogado: cheio de peças fora do lugar.

Zezinho ainda teve que lidar com a tensão nos bastidores. Seu vice, Marcos Vinicius, aparentemente estava mais preocupado em afiar a própria imagem do que em dividir os méritos (ou deméritos) da gestão. No final, o governo foi tão unido quanto uma pizza dividida por quem não gosta de azeitona.

Agora, Zezinho troca o gabinete pela queijaria, onde tentará recuperar ao menos a confiança dos paladares locais. Mas uma coisa é certa: no mundo político, ele sai como aquele queijo que todo mundo já provou uma vez e decidiu nunca mais comprar.

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