Tiraram o General da Guerra e Colocaram no Xadrez: Braga Netto no Tabuleiro da PF!
No clima de tropicália policialesco que só o Brasil consegue proporcionar, o general da reserva Walter Braga Netto, que já foi figurão no governo Bolsonaro e sonhou com a vice-presidência da República, acabou vendo seu desfile ser barrado no baile pela Polícia Federal. No último sábado, 14 de dezembro, Braga Netto trocou a farda pela custódia militar após ser preso sob acusações de interferir em investigações sobre um suposto plano de golpe para melar a posse de Lula e Alckmin.
Sim, amigo leitor, você não leu errado: o general teria encenado uma reuniãozinha básica na sua própria casa para discutir ideias que só poderiam ter saído de um roteirista de filmes B. O script incluía, pasmem, o assassinato de Lula e Alckmin e a tentativa de reverter o resultado eleitoral de 2022. Se isso não for um complô que se preze, então não sabemos mais o que é!
E como se o plano não fosse maluco o suficiente, Braga Netto ainda tentou botar a mão na investigação da Polícia Federal, segundo as investigações. O general é acusado de fuçar detalhes de depoimentos de colaboradores, numa clara tentativa de transformar a bagunça em operação de camuflagem militar. No entanto, não deu muito certo: a PF não só descobriu como também grampeou o general e seus planos mirabolantes.
Agora, Braga Netto está estacionado no Comando da 1ª Divisão de Exército, no Rio de Janeiro. Lá, ele tem tempo de sobra para meditar sobre como trocou a carreira de herói da pátria por um papel digno de novela mexicana. A defesa do general já saiu gritando aos quatro ventos que confia em sua inocência, mas, até o momento, as provas não parecem estar de acordo com o roteiro de redenção que tentam escrever.
O caso levantou poeira, provocou gargalhadas e um bocado de vergonha alheia. Afinal, como diria aquele velho ditado adaptado: se correr o golpe pega, se ficar o Xadrez come!