Apelidado de ‘Forte’, permanece detido por feminicídio em Cruzeiro
Emanuel Bulhões Fernandes, 40 anos, também conhecido como ‘Forte’, continua preso após ser acusado de assassinar Suely Luiza Lopes, também de 40 anos, na noite de segunda-feira (14), por volta das 23h15, na Vila Brasil, em Cruzeiro. Fernandes foi capturado em flagrante pela Polícia Militar logo após o crime. Ele havia sido liberado do sistema prisional há menos de três meses.
Quando a polícia chegou ao local do crime, avistou um homem tentando fugir, mas rapidamente o deteve. O suspeito resistiu à abordagem, tornando necessário o uso de força moderada e algemas para controlá-lo. Próximo dali, Suely foi encontrada gravemente ferida, com sangramentos na cabeça. Ela foi rapidamente socorrida pelo Corpo de Bombeiros e levada ao Hospital Santa Casa de Cruzeiro, onde infelizmente veio a falecer devido aos ferimentos.
Uma testemunha, um caminhoneiro cujo veículo havia quebrado perto do local, relatou à polícia que presenciou o casal discutindo violentamente. Segundo ele, viu Fernandes aplicando um golpe conhecido como “mata-leão” em Suely. O suspeito justificou ao caminhoneiro que estava tentando levar Suely, que supostamente era usuária de drogas, para casa.
Momentos após o incidente, uma van parou perto do local, e seus passageiros informaram ao caminhoneiro sobre a mulher caída ao lado da rodovia. Quando Fernandes retornou e percebeu a presença de testemunhas, começou a atirar pedras e confrontar o caminhoneiro, acusando-o de esconder Suely.
Defendendo-se da agressão iminente, o caminhoneiro pegou uma barra de ferro, enquanto os passageiros da van intervinham, momentos antes da chegada da polícia, que deteve Fernandes.
Já era conhecido que Suely possuía uma medida protetiva contra Fernandes, solicitada após um incidente reportado em março de 2024. O histórico de Fernandes inclui acusações de embriaguez ao volante, violência doméstica, danos e ameaças, conforme relatado por familiares de Suely, que já tinham expressado preocupações sobre sua segurança.
O caso foi oficialmente registrado como feminicídio na delegacia local de Cruzeiro, ressaltando a gravidade da violência doméstica na região.