Cachoeira Paulista Lamenta a Perda de Maria Lata D’água, Missionária Católica e Ícone Cultural
A comunidade de Cachoeira Paulista despede-se de uma de suas figuras mais carismáticas e queridas, a missionária católica Maria Mercedes, conhecida afetuosamente por Maria Lata D’água. Ela faleceu na tarde de sexta-feira (23), aos 90 anos, deixando um legado de fé, alegria e contribuição cultural inestimável para a cidade e para a Comunidade Canção Nova, onde serviu desde 2004.
Residente do Jardim da Fonte, no bairro Margem Esquerda, Maria Lata D’água era uma personalidade conhecida não só pela sua dedicação espiritual, mas também pelo seu passado vibrante como passista e ícone do carnaval brasileiro. Seu estado de saúde havia se deteriorado desde o início do ano, decorrente de complicações próprias da idade, o que a levou a ser internada.
Nascida Maria Mercedes Chaves, ela não apenas viveu uma vida de devoção religiosa mas também inspirou a marchinha de carnaval “Lata d’água na cabeça”, um sucesso retumbante da década de 1950 que ecoa até hoje durante as festividades carnavalescas por todo o país. Sua história com o carnaval, embora distante de sua jornada espiritual posterior, ressalta a riqueza e a diversidade de sua contribuição à cultura brasileira.
Desde sua conversão e início de missão na Comunidade Canção Nova, Maria dedicou sua vida a servir aos outros, espalhando uma mensagem de amor, fé e esperança. Sua presença era uma fonte de inspiração para muitos, caracterizada por sua alegria contagiante e profundo compromisso com a evangelização.
A cidade de Cachoeira Paulista e a comunidade católica choram a perda de uma mulher extraordinária, cuja vida foi um testemunho de transformação e serviço. O legado de Maria Lata D’água permanecerá vivo nas memórias daqueles que tiveram o privilégio de conhecê-la e nas muitas vidas que ela tocou através de sua fé e arte.
A Comunidade Canção Nova e os familiares de Maria ainda não divulgaram detalhes sobre o velório e o sepultamento. A notícia de sua partida é um momento de tristeza, mas também de celebração de uma vida plenamente vivida, marcada pela paixão, pela fé e pelo amor ao próximo.