Baleia de 12 Metros é Encontrada Morta em Ubatuba
Uma baleia foi encontrada morta no final da tarde desta terça-feira (12) em Ubatuba, Litoral Norte do Estado de São Paulo, próximo à Ilha Anchieta, despertando a atenção da equipe do Instituto Argonauta, especializada na conservação da vida marinha.
Segundo informações do Instituto Argonauta, uma equipe PMP-BS no Trecho 10, da base de Ubatuba, foi acionada para atender a ocorrência de duas baleias encontradas, porém, devido à escuridão do local na noite de terça-feira, o resgate precisou ser adiado e ocorreu na manhã desta quarta-feira (13).
Ao chegarem à Ilha Anchieta na manhã seguinte, a equipe localizou apenas uma das baleias em estado de decomposição, próxima à Praia do Sul. Diante da situação, os especialistas decidiram rebocar o animal para outra área da ilha, inacessível ao público, onde ele poderá se decompor naturalmente.
A bióloga Carla Beatriz Barbosa, coordenadora do PMP-BS no Trecho 10, estimou que a baleia tinha aproximadamente 12 metros de comprimento, o que sugere que se tratava de um indivíduo adulto. Foram coletados materiais biológicos, como pele e músculos, para ajudar na identificação da espécie. Até o momento, a segunda baleia relatada no acionamento ainda não foi encontrada.
Espécie e Conservação
O presidente do Instituto Argonauta, o oceanógrafo Hugo Gallo Neto, sinalizou que a espécie pode ser uma Baleia-de-Bryde (Balaenoptera brydei), também conhecida como baleia tropical, que é caracterizada por permanecer nos trópicos e não migrar para a Antártida.
A Baleia-de-Bryde é uma espécie que habita tanto as regiões costeiras quanto o oceano profundo, com presença durante todo o ano, alimentando-se de peixes e pequenos crustáceos. Durante o verão, essa espécie se aproxima um pouco mais da costa em busca de cardumes. Na região sudeste, elas são relativamente comuns e podem atingir até 16,5 metros de comprimento.
Embora a Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas a classifique como de “menor preocupação”, a Baleia-de-Bryde ainda enfrenta desafios significativos decorrentes da interação humana, incluindo a pesca, as mudanças climáticas e as alterações no ambiente marinho. O Instituto Argonauta e outras organizações de conservação continuam a monitorar e trabalhar para proteger esses majestosos animais marinhos.
