Quinta-feira, Novembro 14, 2024
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Câmara de Lavrinhas patina tentando “cancelar” vereador Danilo Nu, enquanto repercussão do Caso da Merenda ganha dimensão

Não há espetáculo mais preocupante do que a tentativa de silenciar uma voz questionadora. Na cidade de Lavrinhas, a Câmara parece ter adotado uma postura não apenas reativa, mas também contraproducente ao tentar “cancelar” o vereador Danilo Nu. A maioria dos parlamentares da casa, ao votar contrário aos seus requerimentos de informações, paradoxalmente, só dá mais força e visibilidade ao mesmo.

Danilo Nu, em sua busca por transparência, levou sua insatisfação às redes sociais, denunciando uma situação que deveria alarmar todos: a possível falta de merenda escolar nas escolas do município. Mas ao invés de dar voz à sua preocupação e buscar soluções, o que se viu foi uma tentativa inócua de suprimir o diálogo.

Vale ressaltar que essa não é a primeira vez que o vereador enfrenta tal situação. E se olharmos para a vizinha Câmara de Cruzeiro, encontramos um contraste gritante. Lá, os requerimentos dos vereadores da oposição são acolhidos quase que sempre por unanimidade. Uma evidência clara de que é possível fazer política com maturidade, transparência e, acima de tudo, respeito.

O que as palavras de Danilo Nu revelam, em sua recente postagem nas redes sociais, é a fragilidade de uma Câmara que busca silenciar, ao invés de fiscalizar. Em suas palavras: “Fica difícil fazer o meu trabalho, que é o trabalho deles também, que é fiscalizar. Lamentável essa Câmara de vereadores…”. E o que é mais lamentável ainda, é que esse tipo de conduta só alimenta a descrença na política.

Ao final, quem perde não é apenas o vereador. Perde a democracia, perde a população e perde a própria Câmara que, ao invés de ser palco de debates construtivos, passa a ser palco de desencontros e silenciamentos.

A fiscalização é parte fundamental da função de um vereador. Ignorar ou tentar suprimir isso é fragilizar o próprio alicerce da democracia. Que Lavrinhas e sua Câmara possam refletir e caminhar para um futuro mais inclusivo e transparente. Porque o silêncio, nesse caso, diz muito mais do que qualquer palavra.

*Reportagens assinadas não correspondem à opinião deste jornal

Reportagem: Luigdi Santiago

Jornal A Notícia

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