Sexta-feira, Novembro 15, 2024
BUEMBA BUEMBA

“Subindo na Tribuna: Servidores Públicos Dão o Recado na ALESP”

No último dia 11, na chamada “Assembleia dos Porretas”, mais conhecida como Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, os servidores públicos estavam em peso para falar umas verdades. O encontro foi liderado pelo deputado Carlos Giannazi (PSOL), que não tem medo de colocar o dedo na ferida.

“Estamos de olho, governo! Queremos um reajuste decente para todos os trabalhadores das fundações do Estado. Se não rolarem os nossos direitos, chamaremos o Ministério Público e o Tribunal de Contas para a roda”, mandou o recado Giannazi.

Apoio Não Falta

Mesmo com o governo enchendo o plenário de gente sua, Giannazi garante que a causa dos servidores tem apoio. “Muitos deputados estão junto conosco nessa luta. É bom lembrar que essas fundações estão no dia a dia do povão. A Furp, a Fundação Padre Anchieta e a Fundação Casa, todas têm uma importância tremenda. E um funcionário bem pago é garantia de um serviço bem feito”, comentou o deputado.

Respeito, Por Favor

O presidente do Sindicato dos Servidores Públicos do Estado de São Paulo, Lineu Neves Mazano, também estava lá e não poupou palavras. “Estamos com uma perda salarial de mais de 30%, e algumas categorias chegam a quase 50% de perda. No tempo do Doria, a reposição de salário foi uma piada, trouxe mais prejuízo que benefício. E agora o governo vem com a mesma proposta: 6,76% para as fundações e mais de 20% para outras categorias. Queremos respeito”, desabafou.

Mazano não deixou de mencionar os funcionários do Butantan, que mesmo em condições precárias, fizeram o impossível para produzir as vacinas contra a covid. “Agora é a hora de valorizar esses heróis da saúde”, afirmou.

Por Fim, Diálogo

Mazano ressaltou que busca sempre o diálogo, mesmo quando este parece impossível. “Tentamos conversar com o líder do Governo, o deputado Jorge Wilson Xerife do Consumidor, que disse que vai nos receber. Mas, sinceramente, esse canal ainda está muito longe do que precisamos para realmente debater”, concluiu.

Portanto, fica o recado: servidores públicos não vão ficar quietos enquanto seus direitos não forem respeitados.

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